terça-feira, 9 de abril de 2013

JAUVENTUDE VIDA LOKA





Nossa juventude baiana vive um momento nunca antes visto, com indíces alarmantes de violência, onde, o jovem, seja do sexo masculino ou femino, é a vitima e ao mesmo tempo algoz dessa estória, incorporando a cultura  do LADRÃO, expressão que tantos jovens em nossas comunidades se orgulham de se autodenominar, como um título que deve sugerir poder e respeito nos guetos, e que atrai tantos adeptos  nessa nova geração,  e que mostra como reflexos a escalada e ascensão desses indivíduos como estereótipos e modelos, que circulam e com quem convivemos   naturalmente, aumento dos crimes envolvendo jovens, o aumento no uso de drogas, a maternidade precoce entre as nossas crianças, adolescentes e jovens   e a morte juvenil alcançado números alarmantes.


A banalização da violência chega ao absurdo de vermos diariamente, nas redes sociais fotos, vídeos com cenas de agressões, mortes, exposição de cadáveres, armas e drogas nos perfis e páginas do FACEBOOK, ORKUT e outras mídias. As músicas cantadas falam das disputas de poder nas favelas entre traficantes, sugere uma postura de olho por olho, dentes por dente e ainda a idéia de quem atira primeiro é quem vai contar a história da vitória. Está aí o conto de fadas ao avesso que tem seduzido nossos meninos e meninas; um conto de sobrevivência onde o mais violento se torna o dono do pedaço e das meninas-mulheres, do poder da vida e da morte em seus territórios, com direito à tudo que qualquer soberano tem direito. Um dos problemas é que a disputa por esse "trono" é mais acirrado e constante do que em qualquer outra estrutura conhecida de poder e as mortes não param por sequer um dia para manutenção ou substituição desses "meninos reis" dos guetos e bocadas.              



Por RICARDO VIEIRA

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